Da praia para a Cabofriense
O GRANDE GOLEIRO – O goleiro Vinicius Queiroz foi destaque do último Torneio Regional de Copacabana, quando ajudou o Ronald de Carvalho, o time do Lido, a se tornar campeão. Foi uma emoção muito grande para a equipe, conhecida como um time de lutadores por ter em seu elenco atletas do MMA como José Aldo, Alexandre Barros, Luis Beição e Fernando Santos. Vinicius, ou simplesmente Vini, fez bonito dando segurança a equipe com suas defesas e orientando o time. Agora ele deu um passo à frente na sua carreira: foi contratado pela Associação Desportiva Cabofriense, time da cidade de Cabo Frio, integrante da Liga de Futebol Profissional. Por isso o Craques da Praia quis saber mais sobre a trajetória desse atleta.
1 – Como está sendo a experiência de jogar pela Cabofriense?
Primeiramente, feliz de estar voltando ao cenário do Rio de Janeiro onde estive fora por 1 ano e meio. Jogar aqui na Cabofriense te dá uma grande responsabilidade, pois é um time que sempre busca fazer grande campanhas no Carioca e na Copa Rio. Neste momento vim para disputa da Copa Rio onde vamos buscar a vaga na Copa do Brasil ou o Brasileiro da série D, de 2016.
Primeiramente, feliz de estar voltando ao cenário do Rio de Janeiro onde estive fora por 1 ano e meio. Jogar aqui na Cabofriense te dá uma grande responsabilidade, pois é um time que sempre busca fazer grande campanhas no Carioca e na Copa Rio. Neste momento vim para disputa da Copa Rio onde vamos buscar a vaga na Copa do Brasil ou o Brasileiro da série D, de 2016.
2 – Como surgiu a oportunidade de jogar num time da Liga Profissional, como a Cabofriense?
Quando voltei do Mato Grosso do Sul, já estava com algumas conversas adiantadas para o segundo semestre, mas como nós do mundo da bola sabemos, muita das vezes são apenas conversas. Quando recebi uma ligação do Itamar Rodrigues, preparador de goleiros da Cabofriense, com quem tive o prazer de trabalhar no Audax (RJ). Foi quando conseguimos alguns objetivos, sendo um deles o título da Copa Rio de 2010. Ele me falou sobre o projeto para o momento. Achei interessante e resolvi aceitar. E além dele veio a confiança do Edson Sousa (Técnico da Cabofriense) com quem também trabalhei no Audax e no São João da Barra.
3 – Conte pra gente como foi a sua trajetória no futebol.
Comecei com 12 anos no Vasco da Gama e fui até meia 17 anos (mirim ao juvenil). No juniores fui para o Audax (antigo Sendas Esporte Clube), onde cheguei ao objetivo de me profissionalizar. Foram 5 anos de muitas alegrias, conquistas e muito aprendizado. Depois comecei a conhecer cidades e estados do Brasil por causa do futebol. Além do São João da Barra, do Rio, joguei no Estrela do Norte, do Espírito Santo, Águia Negra, do Mato Grosso do Sul e agora a Cabofriense, de Cabo Frio.
Comecei com 12 anos no Vasco da Gama e fui até meia 17 anos (mirim ao juvenil). No juniores fui para o Audax (antigo Sendas Esporte Clube), onde cheguei ao objetivo de me profissionalizar. Foram 5 anos de muitas alegrias, conquistas e muito aprendizado. Depois comecei a conhecer cidades e estados do Brasil por causa do futebol. Além do São João da Barra, do Rio, joguei no Estrela do Norte, do Espírito Santo, Águia Negra, do Mato Grosso do Sul e agora a Cabofriense, de Cabo Frio.
4 – Como foi a experiência de jogar futebol de praia vestindo a camisa do Ronald de Carvalho, o RC Lido?
O Futebol de Praia é um espetáculo à parte, moro em Copacabana desde 1997 e quando ia à praia com meus pais eles me levavam para ver os jogos. Eu ficava observando o calçadão sempre cheio, por ter vários jogadores famosos da época, como o Júnior, do Flamengo, o Emundo e o Renato Gaúcho. Vestir a camisa do RC Lido, foi algo muito especial. Jogar dois campeonatos fez eu me apaixonar por este time que eu chamo de família. Todos jogam com amor, um sempre ajudando o outro, não deixamos entrar jogadores que não querem ajudar, que só quererem jogar por si e não pelo time. E o principal: existe um respeito muito grande pelo companheiro. E já ter um título não tem preço.
5 - O que achou de jogar no mesmo time do campeão de MMA José Aldo?
O Aldo é um caso à parte, muitas pessoas olham e vê um lutador e pensa na hora que o que ele vai querer é trombar e sempre buscar a força física. É lógico que você não vai querer que ele faça a diferença no jogo, mas é um cara que teve uma vida difícil, e a luta fez com que ele conquistasse algo melhor para sua vida. E isso não fez com que a fama lhe subisse a cabeça. Então é um cara que sabe escutar e o que ele quer é jogar bola e se divertir.
6 – O José Aldo é mesmo bom de bola?
O Aldo é um grande lutador, e também um cara muito inteligente, sabe lidar com os limites dele no jogo, então sempre tenta simplificar ao máximo as jogadas e por ter uma forma física exemplar ajuda demais na marcação. E sabe muito bem escutar as instruções nos jogos. Minha relação com ele sempre foi muito profissional, por ser um cara muito conhecido, não gostava de ficar perto, de ficar dando risadas no meio de todos, tentando forçar uma amizade. Por eu estar no RC desde 2014 onde o conheci, esse amizade (melhor, o respeito) foi surgindo naturalmente. Hoje, de uma forma ou de outra sempre nos falamos. Então. por eu ser profissional do futebol, sempre estava conversando com a diretoria, buscando algo melhor para o RC e de tabela conversava com ele, um cara muito humilde. E um cara que se você quer crescer na vida vale a pena sentar e conversar, pois sua história é espetacular.
7 - O que achou do Campeonato na Praia de Copacabana?
É um campeonato onde nunca escondi de ninguém que tem muito o que melhorar. Mas é muito gostoso. Sempre que for possível vou participar dos jogos. Só ter a vista de Copacabana como seu "estádio" já dá alegria de jogar.
8 – Na sua opinião qual a característica mais importante que um goleiro deve ter?
Característica? Difícil de falar, pois o goleiro busca sempre ser completo, parecido com um lutador de MMA. Não posso ser ótimo numa coisa e ser muito abaixo em outra. Busco sempre balancear tudo que um goleiro deve ter. Mas o que eu levo para mim e muitos às vezes riem é que eu busco um grau de concentração muito grande. Já fiz até algumas aulas de yoga pois ajuda muito. No futebol temos uma frase para os goleiros: vai do céu ao inferno em um lance do jogo. Ele pode jogar bem os 89 minutos. Mas se aos 90 falhar vai ser muito criticado. Então, para mim, o goleiro que fala o jogo todo sempre vai estar concentrado. Poucas bolas irá chegar ao seu gol.
9 - Quem são os goleiros que você mais admira?
Sempre admirei o Julio César que é um cara incrível. Procuro sempre assistir aos vídeos dele para ficar de olho em suas defesas.
10 – Mande uma mensagem para a galera do futebol de praia.
Galera do futebol de praia: vamos buscar sempre o melhor para que nunca tenha fim este espetáculo sensacional nas tardes de sábado, em Copacabana. Vamos passar o nosso ofício de geração para geração. Valeu a todos! A arte do futebol, da areia para o mundo.
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