Didi, o treinador
A ÚLTIMA TRINCHEIRA DA PAIXÃO – O
futebol não pode parar. Ainda sob o impacto do último campeonato, cada time
procura novos caminhos para os desafios que vem por aí. O Racing, do técnico
Didi, fez um amistoso contra o América do Lido para aquecer as turbinas e venceu
por 3 x 1. “Minha primeira idéia com relação ao Racing é propor uma mudança
de cultura. Uma mudança de comportamento do atleta com relação ao time. Quero uma
equipe que jogue pela camisa. Atletas que tenham amor pelo time”, diz o
treinador, que marcou época como treinador do Areia do Leme e também foi técnico
e presidente do Força e Saúde. “O futebol de praia só existe pela paixão de
todos os que estão envolvidos. No dia em que não houver mais paixão, esse esporte vai deixar de
existir”, afirma o treinador, para quem o futebol de praia é “a última trincheira da paixão”.
Com relação ao campeonato carioca, que acabou faz pouco tempo, Didi se queixa das falhas da arbitragem que
impediram seu time de disputar a final. “Fizemos uma excelente campanha, e o
Racing merecia ter ficado com a taça Raphael de Almeida Magalhães”. Ao mesmo
tempo, ele só tem elogios ao Força e Saúde, time vencedor. “O Força se preparou
bem para o campeonato, fez treinos regulares, mas a sorte os ajudou”, diz. “Alexandre
Valois foi a alma do Força e Saúde nessa vitória. O time sagrou-se campeão no
dia em que ele assinou o contrato. Valois sabe tudo do futebol de praia e soube
passar o seu entusiasmo e a sua experiência para o time.”
Com relação do futuro do Racing
ele é bem objetivo. “Quero que o Racing jogue futebol com a mesma alegria e competência
do Areia nos bons tempos”.