Entrevista com Jorge Costa

A HISTÓRIA DE UM CRAQUE - Jorge Costa é um apaixonado por futebol. Esportista nato, foi jogador de vôlei, basquete e water pólo. Começou a jogar no Força e Saúde ainda adolescente e nunca mais parou. Sua paixão pelo futebol se traduz no seu amor incondicional pelo Vasco da Gama e também na quantidade de partidas que joga por semana. Toda Segunda-Feira joga a tradicional pelada na Praça Marcos Tamoio, na Lagoa. Também é um disputado Cabeça de Área nos torneios de pelada do Aterro do Flamengo. É um dos atletas mais conhecidos e também um dos mais queridos do futebol de praia. Até as areias de Copacabana torcem por ele. Respeitado não só pelo talento no futebol, mas, principalmente, pelo seu caráter e pela sua personalidade. É um sujeito calmo, tranqüilo e de bom coração. O Força e Saúde tem um significado especial na sua vida. Já jogou por outros clubes, fez história no Copacabana Praia Clube, mas é no Força e Saúde que ele mantem seu coração. Faz tudo para manter o time unido, arregimenta jogadores, mobiliza pessoas em torno da equipe. Enfim, tem uma eterna paixão adolescente por esse time. Chegou até a ser Presidente do Força e Saúde, mas desistiu de ser cartola. Nessa entrevista Jorge Costa fala um pouco sobre o futebol e sobre a vida. 





O que o futebol significa para você?
Futebol é uma das melhores coisas do mundo.

Como e quando você começou a jogar futebol de praia?
Comecei a jogar futebol de praia em meados de 1982. Comecei da seguinte forma: eu jogava futebol de salão na hebraica com amigos que jogavam na Força. Então esses amigos, Marcius e Chico Lampa, me levaram para o Força.

Fale sobre os principais times em que você jogou?
Na praia joguei pelo Força e Saúde, Copacabana e Lá Vai Bola. No soçaite foram vários times, mas os principais foram: Sangue Bom, Trem Azul, Dá 2, Santo Amaro, Juventude, Roma, União Central, São Paulinito e Dínamo do aterro.

Você sempre foi atleta. Foi federado por vários esportes. Fale um pouco sobre sua atuação no vôlei, basquele, pólo, etc.
Realmente, sempre fui desportista. Fui federado em Basquete pelo Botafogo, Water Pólo pelo Clube Guanabara, Vôlei, pela Hebraica, Futebol de Salão por três clubes: Hebraica, Carioca e Sírio Libanês. Também fui federado em Tênis de Mesa, pela Hebraiaca.

Qual foi o seu grande momento no Futebol de Praia?Sem dúvida foi minha passagem pelo Copacabana Praia Clube, onde fui campeão várias vezes e ingressei em todas as seleções de futebol de praia.

Você é muito ligado ao Força e Saúde. Há quem diga que você é o cérebro, a alma do time. O que o Força e Saúde significa para você? Quando você começou a jogar no Força?
Comecei a jogar em meados de 1982, com quinze anos. O Força e Saúde lembra muito a minha juventude, desde os tempos de colégio, quando eu ficava escrevendo nas mesas F. S, as iniciais do time. Sem falar na galera da minha rua, a República do Peru, onde todos adoravam o time da nossa turma.

O que você está achando do time atualmente? Qual o maior defeito do Força? E a maior qualidade? O que você mudaria no time se fosse o técnico?
Acho que o time é de médio para bom, tecnicamente. Mas com certeza é um dos melhores para se jogar atualmente devido a amizade e união da rapaziada. Aliás, acho que esse é o ponto forte do time. Já o “ponto fraco”, para mim, é o fato de a maioria dos jogadores atuarem há pouco tempo na areia. Acho que com treinamentos e com o decorrer dos jogos esse time vai chegar nas cabeças.

Você tem mais de duas décadas de futebol de praia. O que mudou nesse tempo? Você acha que houve uma evolução ou estagnação?Nem evolução, nem estagnação. Acho que houve um retrocesso, pois ficou muito tempo sem campeonato e a garotada que seria responsável pela renovação passou a praticar o beach soccer, que é um jogo diferente, mais parecido com o futsal.
O que mudou foi que antigamente para jogar na categoria amador o jogador tinha que passar pelo infantil, juvenil e o aspirante. Só depois disso tinha oportunidade de atingir a categoria amador. Com isso já chegava na categoria principal com muitas partidas disputadas. Por isso também se viam jogos com altíssimos níveis técnicos. Parecia que os jogadores estavam jogando no gramado.

Qual o gol mais bonito que você já viu no futebol de praia?
Vi vários gols lindos. Gols de bicicleta, gol olímpico, voleio, etc... Mas, o mais bonito foi do Hiram, do meio de campo, contra o Embalo do Leme, numa partida que deu Força 2 x 1.

Qual o gol mais bonito que você viu no futebol profissional?O gol do Ibrahimovic (é assim que se escreve?), Maradona, Romário, Ronaldo, Zico, etc... Foram muitos gols lindos. Mas, o mais bonito foi o gol do Roberto Dinamite contra o Botafogo em 1976. Chapéu no Osmar e golaço.

Você é um observadopr atento do futebol profissional. Como você vê o futebol nos dias de hoje?
Devido a grande evolução da parte física vejo o futebol muito disputado (e nivelado) atualmente. Mas confesso que gostava mais do futebol praticado antigamente onde a arte e a técnica prevaleciam sempre sobre a força.

Fale um pouco sobre sua paixão pelo Vasco da Gama. O que o Vasco significa para você?
O Vasco é uma segunda pele. Amo o Vasco e por isso o sentimento não pode parar.

Quais os seus planos para o futuro?
Saúde, felicidade e se possível uma merrequinha no bolso. De resto, sigo a filosofia do Zeca Pagodinho e deixo a vida me levar.

Quais os jogadores mais marcantes do futebol de praia? Qual seria a sua seleção, englobando todos os jogadores do futebol de praia?Nossa! Que pergunta difícil! Foram tantos... Mas vamos tentar. João Gambá, Pipo, Marlos, Baianinho, Valois, Pica Pau, Alexandre Xoxota, Rubinho, Caô, André Tourinho, Juninho, Bruninho...
Minha seleção da praia seria:
Dudu (Tião) no gol
Valois
André Tourinho (Binho)
Marco Alberto
Batata (Rogerinho)
Jorge
Pica Pau
Xoxota
Juninho
Pipo (Bruninho)
Caô
E é claro Baianinho em algum lugar.