Assim falou Neném Prancha







Futebol é muito simples: quem tem a bola ataca; quem não tem defende. (Neném Prancha)

Neném Prancha era o apelido de Antonio Franco de Oliveira, um sujeito que entrou para a história graças a sua paixão pelo futebol. É considerado um dos grandes treinadores de futebol do Brasil. O curioso é que ele nunca foi treinador de um time de futebol profissional. Ele foi técnico de futebol de praia. Mas suas tiradas geniais, seu pensamento futebolístico, seu conceito sobre o que é o futebol foram tão marcantes, que ele se tornou uma lenda da cronica esportiva brasileira.

Nenem Prancha nasceu em 16 de Junho de 1906 e morreu em 16 de Janeiro de 1976. Seu apelido era Neném Prancha por causa de suas mãos que eram grandes, "pareciam pranchas", e também por causa do número do seu sapato que era 44. Neném Prancha era um sujeito reservado, discreto, que nunca falava de sua vida pessoal. Sua vida era o futebol. Tinha paixão incondicional pelo Botafogo. Foi roupeiro do time e morou boa parte de sua vida na sede do clube. Mas, seu grande palco, foi a areia da praia de Copacabana. Ali ensinou futebol, criou um estilo de jogo, formou jogadores, fundou times e se tornou uma lenda do futebol.

Neném Prancha descobriu muitos talentos nas areias de Copacabana. Mas, o mais célebre jogador descoberto por Neném foi o famoso Heleno de Freitas, um mito do nosso futebol. Sempre que se deparava com um talento em campo ele aconselhava: jogador de futebol tem que ir na bola do mesmo jeito que um esfomeado vai num prato de comida, com fome, pra estraçalhar...


Ele foi treinador do Botafoguinho, time que deu origem ao Força e Saúde e ao PaulaFreitas. E também fundou na praia o Corinthians, um clone do time paulista. O veterano César Farah lembra que Neném Prancha foi seu treinador quando ele tinha 15 anos. "Lembro dele velhinho, chegando na praia carregando as bolsas com os uniformes. Para incentivar a moçada ele trazia as camisas de Garrincha, Jairzinho e outros craques do Botafogo de sua época. A gente jogava cheio de moral." Sua "filosofia", suas idéias, seus pensamentos, hoje fazem parte da história do futebol brasileiro.

Assim falou Neném Prancha:

Futebol moderno é que nem pelada. Todo o mundo corre e ninguém sabe para onde.

Jogador é o Didi, que joga como quem chupa laranja.

O goleiro deve dormir com a bola. Se for casado, dorme com a mulher e a bola.

O pênalti é tão importante que devia ser cobrado pelo presidente do clube.

Se concentração ganhasse jogo, o time da penitenciária não perdia uma.

Se macumba ganhasse jogo, o campeonato baiano terminava empatado.

O importante é o principal, o resto é secundário.

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