Trinta anos esta tarde

Neném Prancha foi um personagem da vida cultural e esportiva do Rio de Janeiro. Figura lendária de Copacabana foi um símbolo do amor que o brasileiro tem ao futebol. Seus casos e histórias foram muito lembrados no churrasco que comemorou os trinta anos do Força & Saúde, notório time de futebol de praia da Rua República do Peru. Jogadores de várias gerações, torcedores, fãs e patrocinadores se reuniram no último sábado para comemorar a data com muita cerveja. Os dirigentes do time cercaram um trecho da praia, compraram cerveja, montaram um churrasco e passaram a tarde e parte da noite batendo papo, contando velhas histórias de partidas memoráveis, lembrando amigos que já partiram, sonhando com novos títulos. Foi uma festa onde a idéia do que é ser carioca esteve presente no seu aspecto mais pueril. Cidadãos do Rio celebrando aquilo que é um dos pilares do carioquismo: o futebol. Neném Prancha foi roupeiro do Botafogo. Mas do que um funcionário do clube, era o seu torcedor mais apaixonado, mais dedicado. Foi sua paixão pelo Botafogo que o tornou respeitado e famoso.
Observador atento, sabia tudo sobre futebol. Frasista inteligente, muitas de suas definições se tornaram famosas. “Jogador de futebol, tem que ir na bola com a mesma disposição com que vai num prato de comida. Com fome, para estraçalhar”, é uma de suas frases mais citadas. Sua paixão pelo Botafogo era tanta que ele fundou na praia um time chamado Botafoguinho, onde foi treinador e dirigente. O Botafoguinho marcou época nos torneios das areias de Copacabana entre os anos de 1960 e 1970 e era formado por atletas das ruas Paula Freitas e República do Peru. Em 1975 foi publicado um livro chamado Assim Falou Neném Prancha, com suas tiradas e frases famosas. Ele ficou muito agitado com a homenagem e passou a ter problemas no coração, morrendo no ano seguinte. Com sua morte o Botafoguinho ficou sem um líder, sem um guia. Alguns jogadores do time resolveram criar um outro time e batizar com o nome da rua em que moravam. Assim surgiu o Paula Freitas Futebol de Praia, cujo uniforme tinha a cor azul, como o Grêmio de Porto Alegre.
Os jogadores que moravam na rua República do Peru (adoro o nome dessa rua) não concordaram com as mudanças e resolveram criar um time para sua própria rua. Mantiveram as cores do Botafoguinho, preto e branco, em respeito a Neném Prancha e batizaram o time de Força & Saúde, que era o nome de uma academia que existia na rua e que patrocinava o time de Neném.Na festa de trinta anos do time as frases de Neném Prancha foram lembradas entre goles e mais goles de cervejas. “O goleiro deve sempre andar com a bola, mesmo quando vai dormir. Se tiver mulher, dorme abraçado com as duas”, foi uma das frases citadas pelos jogadores. Jorge Costa, veterano jogador de futebol de praia, atleta que marcou época em Copacabana nas duas últimas décadas, era um dos mais emocionados. Apaixonado pelo futebol, tem pelo Força & Saúde um carinho especial, já que começou a jogar no time com quinze anos. “O Força & Saúde é a minha casa, a minha família. Aqui já vivi momentos de muita alegria, muito prazer”, dizia ele emocionado. Com quase quarenta anos, Jorge ainda joga pelo time. Ao mesmo tempo, é um dos responsáveis pelo ressurgimento dos torneios de futebol de praia em Copacabana. Ele é um dos fundadores da Associação de Futebol de Praia, ou Clube dos 14, onde ocupa o cargo de Diretor Financeiro. Ao lado dele jogadores como Caô, Carlinhos, Valois, Pica Pau, Paulinho Camburão e César Farah, hoje treinador, entre outros, faziam uma farra para comemorar trinta anos de futebol. Na festa de aniversário do time o que se via eram homens de diferentes personalidades, classes sociais diversas, idéias e vivências antagônicas, unidos por uma única e definitiva verdade: o amor ao futebol.
Observador atento, sabia tudo sobre futebol. Frasista inteligente, muitas de suas definições se tornaram famosas. “Jogador de futebol, tem que ir na bola com a mesma disposição com que vai num prato de comida. Com fome, para estraçalhar”, é uma de suas frases mais citadas. Sua paixão pelo Botafogo era tanta que ele fundou na praia um time chamado Botafoguinho, onde foi treinador e dirigente. O Botafoguinho marcou época nos torneios das areias de Copacabana entre os anos de 1960 e 1970 e era formado por atletas das ruas Paula Freitas e República do Peru. Em 1975 foi publicado um livro chamado Assim Falou Neném Prancha, com suas tiradas e frases famosas. Ele ficou muito agitado com a homenagem e passou a ter problemas no coração, morrendo no ano seguinte. Com sua morte o Botafoguinho ficou sem um líder, sem um guia. Alguns jogadores do time resolveram criar um outro time e batizar com o nome da rua em que moravam. Assim surgiu o Paula Freitas Futebol de Praia, cujo uniforme tinha a cor azul, como o Grêmio de Porto Alegre.
Os jogadores que moravam na rua República do Peru (adoro o nome dessa rua) não concordaram com as mudanças e resolveram criar um time para sua própria rua. Mantiveram as cores do Botafoguinho, preto e branco, em respeito a Neném Prancha e batizaram o time de Força & Saúde, que era o nome de uma academia que existia na rua e que patrocinava o time de Neném.Na festa de trinta anos do time as frases de Neném Prancha foram lembradas entre goles e mais goles de cervejas. “O goleiro deve sempre andar com a bola, mesmo quando vai dormir. Se tiver mulher, dorme abraçado com as duas”, foi uma das frases citadas pelos jogadores. Jorge Costa, veterano jogador de futebol de praia, atleta que marcou época em Copacabana nas duas últimas décadas, era um dos mais emocionados. Apaixonado pelo futebol, tem pelo Força & Saúde um carinho especial, já que começou a jogar no time com quinze anos. “O Força & Saúde é a minha casa, a minha família. Aqui já vivi momentos de muita alegria, muito prazer”, dizia ele emocionado. Com quase quarenta anos, Jorge ainda joga pelo time. Ao mesmo tempo, é um dos responsáveis pelo ressurgimento dos torneios de futebol de praia em Copacabana. Ele é um dos fundadores da Associação de Futebol de Praia, ou Clube dos 14, onde ocupa o cargo de Diretor Financeiro. Ao lado dele jogadores como Caô, Carlinhos, Valois, Pica Pau, Paulinho Camburão e César Farah, hoje treinador, entre outros, faziam uma farra para comemorar trinta anos de futebol. Na festa de aniversário do time o que se via eram homens de diferentes personalidades, classes sociais diversas, idéias e vivências antagônicas, unidos por uma única e definitiva verdade: o amor ao futebol.
Comentários